A Besta de Gevaudan: O Retorno do Mal
Em meados do século XVIII, a França foi marcada por uma série de assassinatos horríveis que até hoje continuam a assombrar a história. A Besta de Gevaudan, uma criatura desconhecida e sedenta por sangue, foi responsável por um rastro de mortes violentas em uma região isolada, em meio às florestas sombrias de Gevaudan. Porém, o que muitos não sabem é que ela nunca foi verdadeiramente derrotada. A besta ainda está entre nós. E, na calada da noite, ela retorna.
Tudo começou em 1764, quando os primeiros ataques ocorreram. A princípio, era vista apenas como uma fera, talvez um lobo gigante, mas logo ficou claro que sua natureza era muito mais sombria. Suas vítimas eram encontradas despedaçadas, com a carne arrancada de seus ossos, como se a criatura se alimentasse de algo além da mera carne. Seus olhos eram descritos como olhos humanos, vermelhos e penetrantes, iluminados pela luz da lua cheia. No entanto, a verdadeira natureza da besta nunca foi compreendida.
Ao longo dos anos, muitos caçadores tentaram capturar ou matar a criatura, mas todos falharam, desaparecendo sem deixar vestígios. O medo se espalhou rapidamente, mas a besta parecia se divertir com isso, como se soubesse que ninguém seria capaz de deter sua fome insaciável.
Hoje, em pleno século XXI, o mito da Besta de Gevaudan foi apenas mais uma história assustadora para contar em noites de tempestade. Mas o mal nunca desapareceu. Ele esperou. Ele cresceu. Ele evoluiu.
Eu era apenas um adolescente quando minha curiosidade sobre o caso da Besta de Gevaudan me levou a uma jornada até a região do sul da França. O que eu encontrei lá, no entanto, não era apenas uma lenda. Eu encontrei o inferno.
Foi em uma noite fria, enquanto caminhava por uma das muitas trilhas escondidas na densa floresta, que eu a vi. Eu a vi em sua forma mais horrível. Não era um lobo. Era algo muito pior. Um ser monstruoso, com garras que se estendiam por mais de um metro, dentes afiados como facas de serraria, e uma pele coberta por uma camada de pelo negro e úmido que parecia absorver a luz da lua. Seus olhos não eram vermelhos como nas antigas descrições. Não, os olhos da besta eram negros como o abismo, e quando olhavam para mim, era como se eu estivesse sendo consumido por dentro, como se minha alma estivesse sendo devorada.
Antes que eu pudesse reagir, ela atacou.
A dor foi insuportável. Suas garras cortaram minha carne com a precisão de uma lâmina afiada, e a sensação de sangue jorrando de minhas veias era como um pesadelo vivido em carne viva. Ela me arrastou para o chão, e a última coisa que vi foi seu sorriso macabro, uma expressão que não era de um animal, mas de algo que compreendia a morte e a dor de uma maneira que nenhuma criatura deveria.
Mas eu não morri. Não completamente. Algo na besta me transformou. Algo no veneno que correu em minhas veias fez com que eu acordasse em um pesadelo ainda pior.
Eu acordei em uma caverna úmida, envolto em sombras, com uma fome insaciável que não era minha. Meu corpo se sentia estranho, distorcido. Minhas garras haviam crescido, meus dentes agora afiados como os da própria besta. E o mais aterrador: meus olhos, os mesmos olhos negros da criatura, refletiam de volta o horror que ela era.
Agora, sou o predador. E a fome nunca cessou.
Eu caço nas sombras, esperando que mais almas se percam nas trilhas esquecidas. Cada morte me fortalece. Cada grito me alimenta. A Besta de Gevaudan não morreu. Ela apenas esperou. E agora, ela nunca mais será derrotada.
Se você estiver caminhando nas florestas de Gevaudan, ou em qualquer lugar do mundo, tenha cuidado. Não é só uma lenda. Eu estou sempre perto. Eu sou a Besta.
E você, você será a próxima vítima.
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