Implante Alienígena
Eu tinha 13 anos quando tudo começou. Era uma manhã qualquer, mas a sensação em minha perna direita não era comum. Acordei de um sono pesado e percebi uma dorzinha, como se uma pedrinha pequena estivesse incrustada dentro da minha pele. Algo de estranho estava ali, mas minha pele parecia intacta, sem nenhum corte ou sinal de ferimento. Apenas uma sensação incômoda de que havia algo dentro de mim.
No começo, pensei que fosse alguma besteira, talvez algo que eu tivesse sonhado ou um machucado que não me lembrava de ter feito. Mas, com o passar dos dias, a sensação não sumiu. A dor se manteve ali, constante, mas sem nenhuma explicação óbvia. Aquela pedrinha imaginária continuava me incomodando.
Eu tentei ignorar, achando que logo ia passar, mas não passou. Aos poucos, fui me acostumando com a ideia de que algo estranho estava acontecendo comigo, algo que não conseguia entender. Não tinha sentido. Como um objeto poderia ficar dentro da minha perna sem que minha pele ou meu corpo reagissem? Isso não se encaixava na minha percepção do mundo.
Os anos passaram, e a "pedrinha" ficou apenas mais um mistério em minha vida, uma história que eu contava para poucos e poucos acreditavam. Mas aos 28 anos, depois de aprender sobre abduções alienígenas e ver tantos relatos semelhantes, uma ideia começou a me atormentar: e se fosse um implante alienígena?
A ideia parecia absurda, mas, na minha mente, fez todo o sentido. Eu tinha que saber o que estava acontecendo. Precisava de respostas.
Fui a um médico na França, um lugar onde, teoricamente, as explicações poderiam ser mais racionais. Após uma série de exames preliminares, a médica parecia tão confusa quanto eu. Ela me disse que, se fosse um objeto estranho, meu sistema imunológico teria reagido e o teria expelido. Mas isso não tinha acontecido. Eu sentia a coisa ali, mas meu corpo parecia aceitar sua presença.
"É como se fosse parte de você", ela disse, um pouco desconcertada.
Ela me recomendou uma tomografia computadorizada e uma ultrassonografia para tentar entender o que estava ali dentro. Fiz os exames e o que encontrei foi ainda mais perturbador. Quando a médica me contou o resultado, eu mal podia acreditar.
“Não é um pedaço de osso”, ela disse, os olhos estreitando-se, como se estivesse tentando compreender o que estava diante de ela. "É... um objeto estranho."
Eu comecei a sentir um calafrio percorrendo minha espinha. Algo não estava certo. Eu tinha que saber o que era aquilo.
Decidi então procurar um dermatologista, alguém que pudesse remover o que quer que estivesse ali. Ele foi bem direto, sem muitas perguntas, talvez porque já tivesse lidado com coisas incomuns. Quando finalmente o objeto foi retirado, eu quase desmaiei.
Ele o segurava na mão. Era pequeno, redondo e achatado, mas não parecia algo que eu pudesse encontrar em qualquer loja de ciência ou tecnologia. A superfície era lisa e de um branco brilhante, como se fosse feito de um material que não se parecia com nada que eu já tivesse visto.
"Isso é... o que exatamente?", eu perguntei, sentindo um nó na garganta.
O dermatologista apenas balançou a cabeça, visivelmente incomodado. "Não sei, mas vou enviar para análise."
Os dias seguintes foram uma tortura. Eu mal conseguia pensar em outra coisa. O medo de saber o que realmente era aquele objeto era opressor, mas ao mesmo tempo, uma parte de mim desejava uma explicação. Finalmente, o relatório chegou.
Quando abri o envelope e li, as palavras ficaram borradas por um momento, meu cérebro não conseguia processá-las adequadamente. O relatório estava cheio de termos científicos, mas o que ficou gravado na minha mente foi uma frase:
"Material desconhecido. Não corresponde a qualquer composto natural ou fabricado registrado."
Era isso. Um material que não deveria existir. Algo que ninguém, nem os cientistas, sabiam o que era.
A conclusão parecia simples: Era alienígena.
Não tenho memória de nenhum tipo de abdução ou qualquer coisa que tenha acontecido enquanto eu carregava esse objeto, mas a ideia de que ele estava lá dentro, em meu corpo, por tantos anos, me deixou perturbado. A médica e o dermatologista, que antes me pareciam céticos, agora tinham os olhos cheios de incerteza, como se não soubessem mais em que acreditar.
“Mas… o que isso significa?” eu perguntei, em um momento de desespero.
Eles não tinham resposta.
Até hoje, eu não tenho explicação para o que aconteceu comigo. Como aquilo foi parar dentro de mim? Por que meu corpo nunca o rejeitou? E, principalmente, o que ele realmente era? Não importa o quanto eu tente procurar respostas, tudo que tenho é uma sensação opressora de que algo muito maior do que eu jamais imaginei estava acontecendo o tempo todo.
Nunca vou saber se aquilo foi uma abdução alienígena real ou algo mais. Mas uma coisa é certa: não estou mais tão seguro na minha pele quanto estava antes.
E eu me pergunto… será que há mais de nós por aí com "pedrinhas" misteriosas dentro de nossos corpos, esperando o momento certo para serem descobertas?
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